Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo. (Confúcio)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Novamente a corrupção.

Quando durante a campanha eleitoral do ano passado a imprensa foi acusada de funcionar como partido político, houve a habitual acusação de censura. Hoje, novamente, diante da letargia e incapacidade da oposição de mobilizar as massas para o seu projeto político de poder, o jornal O Globo assume esse papel. Primeiro de forma disfarçada, através de um jornalista estrangeiro, e no editorial de hoje, de forma mais aberta.
Não concordo com a corrupção, e acho que o “projeto político no poder” lidou com o problema de forma equivocada, mas tentar atribuir a esse projeto a responsabilidade única por esta corrupção é leviano. Como Doutor em História, especializado em Brasil Império (Quando este país realmente se originou), sei que o problema da corrupção se tornou crônico, paralelo ao próprio nascimento da nação. A corrupção existe neste governo e existiu em todos que vieram antes dele. Foi abafada no governo FH pela maioria absurda que o governo formou no Congresso, e pela conivência da grande imprensa que apoiava o governo, e sempre estava a postos para condenação pública dos pedidos de CPIs da oposição.
Outra razão para a “letargia” da população, além da compreensão de que “sempre foi assim”, é o fato, abordado de forma clara, em recente coluna de João Ubaldo Ribeiro, publicada neste mesmo jornal, e já atacado por vários acadêmicos, especialistas no assunto, de que a corrupção no Brasil está nos hábitos cotidianos de nosso povo, a praticamos em nosso dia a dia. Todos nós sem exceção, inclusive o editorialista do jornal, e eu mesmo. As vezes em questões tão pequenas que não tomamos conhecimento dela, e achamos que “isso não é corrupção”. Sobra apenas para os governantes, quando são flagrados com as mãos nos cofres, principalmente, se não possuem a simpatia dos órgãos de imprensa.
Para combater a corrupção o primeiro passo é tratá-la de forma honesta, sem casuísmos políticos (do governo, da oposição e da imprensa), como agora.

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